"Ever Enough" - 4ª Temporada - Capítulo 16 - Salão de beleza.

"Ever Enough" - 4ª Temporada - Capítulo 16 - Salão de beleza.
 Eu fico no salão de beleza por um bom tempo. Rindo um pouco com a bobeira da mulherada. Me distraío por um bom tempo. Depois, eu vou para casa, tomo um banho rápido e visto um vestido vinho, agarrado, e saltos dourados. Coloco tornozeleiras de ouro e bracelete no pulso esquerdo, também de ouro, além de uma gargantilha fina, de ouro. Me observo no espelho, satisfeita com meu reflexo. Me sento na cama e reflito por um tempo, tentando não sentir um vazio ao qual eu estava acostumada sempre que parava para pensar em Marcus não ter me pedido em casamento ainda. Respiro fundo várias vezes, procurando me acalmar. Eu e Marcus saímos, e eu faço meu papel, sentando ao seu lado, ficando quietinha, sorrindo levemente para todo mundo, e evitando o olhar os caras que quase me comiam com o olhar.
- Sua mulher? - Um cara pergunta a Marcus, interessado, enquanto me olha com uma cara meio safada e suspeita.
- Minha namorada. - Marcus corrige. Eu olho para Marcus, meio perdida e meio magoada. Depois olhos para o homem, lindo, loiro, com os olhos acizentados. Sorri abertamente para ele, ele se surpreende, mas adora.
- Realmente, somos apenas namorados mesmo.
- Que ótimo saber de algo assim, linda. - Marcus cerra os olhos para mim e depois para o cara.
- É, somos namorados, mas mesmo assim, ela é minha. - Marcus afirma.
- Não é bem assim. - O cara diz com um sorriso leve. - Ela só será sua, quando vocês se casarem. - Marcus cerra os punhos, por debaixo da mesa. E eu me pergunto se passei da conta. Vejo suas bochechas avermelharem e seus dentes trincarem.
Ai meu Deus.
Mas então ele relaxa. Suas bochechas voltam a cor normal, ele abre as mãos e sua mandíbula relaxa. Abre um leve sorriso de canto e volta a falar sobre negócios. Os dois voltam a conversar como se nada houvesse acontecido. Eu fico meio inquieta com o fato de Marcus não me olhar e ignorar minha presença o resto da noite. Marcus, e o cara, ficam conversando, eu espero no carro, já que a chuva começou a cair, fico observando os dois conversarem. Marcus e ele entram em um barzinho, eu suspiro e encosto a cabeça na janela, sabendo que ele conseguiu fechar negócio. Depois de uns trinta minutos, Marcus sai acelerado de dentro do bar, entra no carro e bate a porta com força.
Eu: O que foi? - Pergunto assustada. - Deu certo? - Marcus liga o carro e me ignora. - Marcus...
Marcus: O que foi (SeuNome)? - Ele diz, perigosamente calmo.
Eu: Eu te perguntei... Perguntei se deu certo.
Marcus: Não deu. - Diz baixo.
Eu: O que? - Me viro no banco para o olhar. - Mas eu vi! O cara estava na sua!
Marcus: É REALMENTE, ELE ESTAVA COMPLETAMENTE NA MINHA, E QUANDO FOI ASSINAR O CONTRATO, SABE O QUE ELE EXIGIU? DISSE QUE ASSINARIA NUMA BOA, SE EU EMPRESTASSE VOCÊ A ELE, POR UMA MEIA HORA, ALI, NO BANHEIRO MESMO. - Eu fico de boca aberta por alguns segundos.
Eu: M-Marcus! Desculpa... - Digo baixinho. - E-Eu não queria, n-não pensei que...
Marcus: Não estou em condições de conversar com você agora. - Ele diz perigosamente calmo. Vejo que ele dirige numa velocidade assustadora.
Eu: A culpa não é toda minha!! Você é quem insiste em dizer o tempo todo que eu não sou sua mulher!
Marcus: E ISSO É MOTIVO PORRA? MOTIVO PRA VOCÊ DAR MAIS FORÇA AO ABUSO DO CARA?
Eu: MAS VOCÊ É QUEM DEVERIA ME PROTEGER! VOCÊ É O HOMEM!
Marcus: O QUE CARALHOS ISSO TEM A VER?!
Eu: Não fala essas palavras feias... - Digo baixinho, vermelha. Marcus bufa e volta a dirigir naquela velocidade assustadora, eu encosto a cabeça na janela do carro e fico observando a chuva cair e escorrer no vidro. Quando chegamos em casa, Marcus bate a porta do carro e entra em casa sem abrir minha porta. Eu a abro e desço do carro, fechando a porta com cuidado depois. Entro em casa, paro na cozinha, solto meu cabelo que cai em cachos sobre meus ombros, pego um copo de água. Marcus entra na cozinha, já trocado, com jeans pretos e uma camiseta, preta também. Um cigarro está preso em seus lábios.
Eu: MARCUS! - Grito, ele me olha. - V-VOCÊ PROMETEU! - Digo com os olhos cheios de lágrimas. - Prometeu que nunca mais ia fazer isso! - Digo soluçando, com lágrimas escorrendo nas minhas bochechas.
Marcus: Desculpa... Mas eu não consigo cumprir. - Pega as chaves do carro. - Vou sair. Comprar cigarro. No stress que estou, vou precisar de uns três maços. - Eu me aproximo dele, toco seu braço, ele fica imóvel. Vou abaixando sua mão, tirando o cigarro da sua boca, ele vai a abaixando, relutante. Colo meu corpo no dele e encosto nossas testas.
Eu: Não deixa isso acabar com a gente... - Digo baixinho, ele solta um suspiro baixinho e longo, seu corpo começa a reagir ao meu. Selo seus lábios. - Tem tanta coisa melhor e mais gostosa do que isso... - Sussurro. - Vou ter que mostrá-las a você de novo? - Ele solta um suspiro mais forte e me beija. Sua língua entra com fome na minha boca, ele me pega no colo e me faz entrelaçar as pernas na sua cintura, enquanto me coloca sentada no balcão. Eu me aperto a ele, e ele logo vai empurrando a barra do meu vestido, deixando a mostra minha calcinha. Ele a puxa com pressa, me expondo. Solta o cinto da sua calça jeans, a desabotoa e a abaixa, para depois abaixar a cueca. De repente, ele fica imóvel.
Marcus: Você não... Não se depilou hoje? - Ele diz baixinho, sem olhar meus olhos.
Eu: Não... Fiz isso ontem. - Digo corada. - A gente pode... Já se passaram dez horas.- Ele apenas balança a cabeça e se afasta. - O que foi? - Digo triste.
Marcus: Não adianta. A gente pode transar, você pode me distrair... Mas eu preciso. Depois do sexo, eu vou acabar fumando. Preciso de cigarro. - Ele diz sincero, já dentro da roupa. Eu me sinto mal. Fecho as pernas.
Eu: Está me dizendo que... Que seu vício te dá mais prazer do que eu? - Pergunto baixinho.
Marcus: Não é isso. Eu preciso... Preciso relaxar. Não tenho forças. O cheiro do cigarro... Não consigo. - Desço do balcão e me ajoelho.
Eu: Nem se eu...? - Pergunto tentando abrir seu zíper. Ele segura minhas mãos com força e solta o ar fortemente.
Marcus: Me distrairia sim. Mas... Mas eu vou acabar te usando. E eu não quero isso.
Eu: Mas eu quero... - Digo baixinho, minha boca saliva. - Você não quer? Não gosta de sexo oral? - Pisco inocentemente para ele. - Não gosta da minha boca? - Digo emburrada.
Marcus: Como alguém pode não gostar da sua boca? - Ele morde o lábio. - Acho que é a boca mais gostosa do mundo. Mas eu não posso... Sério. - Ele se separa de mim.
Eu: Não me deixa aqui assim! - Digo com os olhos cheios de lágrimas. Ele me olha por algum tempo, ali, ajoelhada no meio da cozinha, sem calcinha, implorando por ele. E então sai.
 Eu praticamente desabo. Soluçando e tremendo. Subo as escadas correndo, meio desesperada, desabo na cama, arranco meu vestido, sem me importar com nada, arranco os saltos e me escondo debaixo do edredom. Durmo abraçado ao Milk, minhas lágrimas quentes molham levemente o pelo macio do gatinho.
To be continued...

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