"Ever Enough" - 4ª Temporada - Capítulo 14 - Suja.

"Ever Enough" - 4ª Temporada - Capítulo 14 -
 Eu e Francesca nos encontramos com Lanna, e fazemos compras o dia todo. Roupas para nós e para os garotos. Além de decoração, já que a ceia de natal seria na minha casa. Quando eu chego em casa, fico com um blusão do Mickey e limpo a casa toda. Coloco o som bem alto enquanto rebolo divertidamente e limpo toda a casa. 
Às oito horas, eu estou completamente quebrada. Suspiro, bocejo e vou preparar o jantar. Observo, orgulhosa, os armários brilhantes e organizados. Faz um bom tempo que estou prometendo essa faxina. Trabalhar no hospital me deixa quase sem tempo. Hoje, eu consegui férias. Dois meses inteirinhos sem ir ao hospital. Sou cardiologista.
 Depois de preparar uma comidinha gostosa para mim, vou tomar um banho. Lavo meus cabelos, me depilo e hidrato minha pele. Depois de sair, me seco, de calcinha e sutiã, passo meu creme hidratante de erva doce. O cheirinho que Marcus adora. Troco nossa roupa de cama, e o quarto se enche com o cheirinho de lavanda. Abro meu guarda roupas e fico um tempo pensando no que vestir. Mas dai, me lembro que Marcus provavelmente vai chegar quando eu já estiver dormindo, então, visto apenas uma camiseta enorme dele.  Olho o relógio. São nove e meia. Suspiro, de repente, sem fome, e me jogo na cama. Morrendo de sono. Fecho os olhos e visualizo Marcus. Sorri involuntáriamente. Me abraço ao travesseiro dele, sentindo seu cheiro bom, e durmo tão rápido... Entro em um sono pesado e gostoso...
***
Marcus: Amor... - Acordo com beijos pela minha barriga. Abro os olhos, ainda sonolenta. 
Eu: Amor! - Digo sorrindo, ainda sonolenta. Sinto os cabelos macios e úmidos de Marcus roçando a pele macia e sensível da minha barriga. 
Marcus: Hum... Que delícia... Cheirosa. - Sorri, corando. 
Eu: Amor... Nós vamos...?
Marcus: Você quer?
Eu: Ah Deus... Sim! - Ele me puxa para seu colo, eu me sento e seguro em sua nuca, beijando-o como se não o visse a anos. Meu corpo sobe a uma temperatura absurda, e Marcus percebe, porque suspira e me abraça com mais força, sentindo meu calor. Eu me movo durante o beijo, querendo ele logo. - Amor... - Digo baixinho.
Marcus: Oi bebê. - Ele responde no mesmo tom, abaixando a camiseta dele que me vestia.  
Eu: Poxa... Tira logo a roupa. - Digo sorrindo, puxando a calça dele.
Marcus: Apressadinha você, né? - Sussurra e mordisca minha orelha. 
Eu: Só quero você logo... - Susurro tirando a camiseta por cima da cabeça, ficando só de calcinha, já que eu durmo sem sutiã. 
Marcus: Peitos... Eu amo... Mas os seus são os melhores. Sem sobra de dúvidas. - Eu ronrono baixinho, em agradecimento. Vou beijar sua barriga, e quando meus lábios tocam sua cintura, meu telefone toca. Marcus rosna. Eu me levanto e pego meu celular no criado mudo, olho no visor e vejo que é do hospital.
Eu: Desculpe... Mas vou ter que atender. - Digo baixinho, Marcus sorri, bem forçado. - Awn bebê. Te amo. - Sussurro e atendo o celular. É... Uma emergência... Lá vou eu, correndo, nua, pelo quarto, atrás das minhas roupas. Depois de pronta, passo correndo por Marcus, que está todo jogado na cama, sem camisa, com a calça pendendo nos quadris, deixando a barra da cueca a mostra, de barriga para cima, com os braços cruzados atrás da cabeça, me observando com os olhos. Paro e faço bico para ele.
Marcus: Tudo bem... - Diz baixinho, sorrindo um pouco. 
Eu: Mesmo? - Digo, ainda com biquinho. Ele sorri mais ainda.
Marcus: Para com esses biquinhos gostosos, se não eu piro. 
Eu: Eu te amo. Muito. - Digo sincera. 
Marcus: Eu também te amo. Muito. - Diz baixinho, sorrindo um pouco. 
Eu: Estou indo. Tem miojo no armário. - Sussurro, ele dá de ombros. Mando um beijo no ar para ele.
Marcus: Vai lá gostosa. Salvar as pessoas... Faça eles ficarem bem.
Eu: Farei. - Disse sorrindo. E saio. Quase não tem trânsito, por conta do horário. São quase duas da manhã. Quando chego ao hospital, está uma correria do caramba. 
Peter: Boa noite, gata.
Eu: Boa noite, Pepê. Que loucura isso aqui ein? - Ele rola os olhos.
Peter: Feriados... - Assinto. Ele me analisa. - Por que eu tenho a leve impressão de que atrapalharam seu namoro? - Ele murmura.
Eu: Ai meu Deus, tá tão na cara assim? - Digo envergonhada.
Peter: Tá escrito na tua testa. - Levo a mão a testa, assustada. Ele ri. - Não, mas suas bochechas estão vermelhas de um jeito diferente do que o normal. Estão meio... - Ele procura a palavra. - Febris. - Assinto, sorrindo envergonhada. 
Eu: O que tem pra mim aqui hoje? - Peter suspira e rola os olhos de um jeito dramaticamente gay. 
Peter: Temos três acidentes. Temos um caso simples que se agravou. Temos um bafo novo, bombástico.
Eu: HUUUM, conte-me mais.
Peter: O Leo está comendo a Bea. 
Eu: Ma oxe. - Disse rindo. 
Peter: Sei, sei. Que cara louco. Que nojo dessa Bea. Menininha de narizinho empinado. Loira falsa. Bixa feia. - Dou de ombros, analisando umas fixas de pacientes, enquanto andamos lado a lado pelo corredor.
Eu: Como está Julia? - Pergunto baixinho. Peter olha o chão e desvia o olhar.
Peter: Fraca. Muito fraca. Fraca demais para cirurgia. - Diz baixinho. Eu suspiro.
Eu: Ela vai morrer. 
Peter: Como tem tanta certeza?
Eu: Acompanho o caso dela desde o início. Sei que a má formação no coração dela, fará com que ele não bata suficientemente forte para a operação. Toda a equipe sabe que ela não tem chance alguma. - Peter morde o lábio. É a coisinha mais fofa que eu já conheci. Meu melhor amigo gay. - O que houve amor? 
Peter: Conheci um cara novo. Estou apaixonado. 
Eu: Awwwwwn cute. - Sussurro baixinho, já que entramos num quarto. Tomo a pulsação da paciente que dorme profundamente na maca, meço sua temperatura e sua pressão sanguinea. Mordo a ponta da caneta enquanto comparo os resultados das medidas anteriores com as atuais. Progresso... Isso é bom... É muito bom...
 Depois de umas duas horas no hospital, eu estou completamente quebrada e mole quando me liberam. Não sei como consigo dirigir até em casa. Abro as portas, vou chutando meus all stars brancos e desabotoando meu sutiã. Tomo um banho morno e gostoso. Depois de ficar só de camiseta e calcinha, preparo um chá de camomila e me sento em frente a lareira, observando o fogo crepitar. E minha mente vaga... Vaga para epócas mais escuras da minha vida. Todo o tempo que lutei contra o câncer. Todo o tempo que estive com...
Não.
Aperto os olhos, bloqueando as lembranças. Mas não consigo não sentir o toque forçado ao qual eu recusei, mas fui obrigada.
 E então eu realmente sinto um toque masculino no meu ombro. Sinto repulsa e me contorço.
Marcus: (SeuNome)? - Abro meus olhos. Pisco várias vezes ao ver Marcus a minha frente.
Eu: E-Eu...
Marcus: Adormeceu. - Ele diz com um leve sorriso que tremula por seus lábios como o fogo. De repente, franze a testa. - Parecia tão assustada... O que houve? - Marcus é meu pior pecado. Nunca o contei que... Que fui estuprada. Que sou uma mulher suja.
 E o sujei quando fomos para cama pela primeira vez. 

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