“Ever Enough” – 1ª Temporada – Capítulo 2 – Duro e indiferente...

Erin: B-Bem… Se você quiser… A-Acho que a gente pode mudar isso… - Ela disse olhando umas anotações. Estava claro que ela não imaginou ter que passar por uma situação como aquela. – Que tal se sortearmos de novo? – Ela me olhou esperando resposta. Olhei para o Malik que encontrou meu olhar, seus olhos brilhavam e eu pude ver o desespero presente ali, antes de ele desviar o olhar do meu novamente.
Eu: Está tudo bem professora… - Disse baixo e olhando os olhos de Erin. – Malik será minha dupla até o fim do ano… - Ela suspirou e continuou montado as duplas…
 Tá, as coisas realmente não haviam saído como eu planejei, porque, ser a dupla de Malik, definitivamente, não estava em meus planos. Mas confesso que, o jeito misterioso dele e o fato de eu não saber praticamente nada sobre ele, ativou meu lado curioso… Eu sei que ele é um Malik e que eu deveria manter distância e tomar cuidado, mas ele parece… Diferente… Ele não tem cara de mau, não mesmo, suas expressões chegam a ser angelicais às vezes, o problema é o seu passado…
Eu: Hey! – Entrei na frente dele, fazendo com que ele parasse de andar. – A professora Erin disse que você está um pouco atrasado em matemática e eu me propus a te ajudar… - Seus olhos eram frios e mostravam indiferença, eu corei e baixei os ombros, desviando o olhar do seu. – Me desculpe por me intrometer assim… Mas é que, se você não conseguir resgatar a matéria agora, no início do ano, as coisas irão ficar pior depois… - Ele continuava mostrando indiferença ao que eu falava, nem parecia que ele estava me ouvindo. – B-Bem, eu te espero lá em casa às 17 horas… Acho que você sabe onde ela fica… - Ele desviou o olhar do meu e voltou a andar, eu fiquei parada o observando se afastar. – Até mais… - Disse baixinho e docemente, mas ele ouviu e me olhou sobre os ombros. Eu achei até que ele iria responder, mas não, ele voltou a caminhar como se nada tivesse acontecido.
Anne: O QUE??! UM MALIK??!
Eu: É mãe… - Suspirei olhando o nada.
Anne: MEU DEUS!! EU PRECISO FALAR COM SUA PROFESSORA!! ISSO NÃO PODE FICAR ASSIM!! – Ela pegou a bolsa.
Eu: Mãe! – Segurei o braço dela e olhei seus olhos, meus olhos brilhavam. – Ele precisa de ajuda… Não de gente pra julgá-lo… - Disse baixo, ela suspirou e acariciou meus cabelos.
Anne: Me prometa que irá tomar cuidado com ele? – Sorri.
Eu: Mas é claro! – Assenti sorrindo. Ela sorriu e me abraçou, quando um mini furacão em forma de Charlie entrou correndo na sala.
Charlie: (SEUNOME)! (SEUNOME)! – Me agachei para ficar do seu tamanho.
Eu: Oi Char?
Charlie: Olha o que eu desenhei pra você! – Ele me estendeu uma folha, peguei a folha da mão dele sorrindo, ele havia desenhado duas pessoas palitos dando as mãos sorrindo, tinha um arco íris e um dia lindo lá atrás. – Somos eu e você… - Ele apontou para a pessoa maior, eu ri e o abracei com força.
Eu: É lindo Char! – Ele riu, fez careta e saiu correndo. Fiquei com um sorriso bobo nos lábios por um tempo antes de recuperar o fôlego e me levantar, minha mãe sorria. – Eu vou guardar o desenho… - Ela assentiu, eu sorri e beijei a bochecha dela antes de subir as escadas correndo, abri a porta de meu quarto e colei o desenho no painel que tinha perto de alguns dos meus maiores ursos de pelúcia (eu os amo), junto com vários outros desenhos de Charlie, meu irmãozinho mais novo. Olhei o relógio de parede, eram 17 horas. – Ele deve estar para chegar… - Disse baixo, peguei uma troca de roupa e me vesti. Escovei os cabelos por um tempão (me ajuda a pensar e é relaxante) esperando até a hora que Malik chegaria, mas nada aconteceu…
 Desci as escadas, e sai por uma das milhares saídas, andei pelo grande jardim olhando as flores e as tocando de vez em quando, abri o portão principal, nem sinal do Malik… Fui até a parte de trás da casa, abri o portão pelo qual saiam os empregados, ele não era grande, mas também não era pequeno… Nem sinal do Malik… Suspirei, com certeza ele não vêm…
 Eu estava virando as costas para entrar em casa, quando os olhos amêndoas e cabelos negros saíram da escuridão.
Eu: Pensei que você não iria vir… - Ele me olhava com aquele olhar duro e indiferente que me fazia encolher. – Ah! Eu já deveria desconfiar! Você não entraria pelo portão frontal! – Claro que não… Era dali que o policial Fred vigiava minha casa. O olhar de Malik endureceu ainda mais, o que me fez me arrepender de ter dito aquilo. – Ham… Desculpa… - Olhei o chão e passei a ponta dos pés arranhando o piso branco da calçada. – Venha! – Disse sorrindo e entrando, esperando que ele me seguisse, mas ele nem se moveu. Me virei de frente para ele. – Qual é o problema? – Ele não disse nada, mas seus olhos cintilaram. – Hum… Acho que você não quer entrar aqui… - Disse baixo, pelo brilho que surgiu em seus olhos, eu soube que estava correta. – Nós podemos usar o galpão… Não é tão confortável, mas ninguém frequenta aquele lugar… Era meu esconderijo favorito quando eu era pequena… - Os olhos dele hesitaram, e eu entendi logo de cara o que ele queria dizer… Era ele e a filha do prefeito sozinhos num cômodo não frequentado. – Eu confio em você… - Disse suavemente, os olhos dele amoleceram e relaxaram, o que quase me fez sorrir, assim que ele percebeu, desviou o olhar do meu e voltou a ficar duro e indiferente…
To be continued... 
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Oi :)
Como vão? Espero que estejam bem.
Obrigada pelos comentários.
Volto amanhã apenas se tiver... 15 comentários...
Beijinhos :* Até amanhã!