Imagine The last kiss - parte 3/3

The last kiss parte 3

-Emily, acorda, abra os olhos meu amor, eu estou aqui... mas ele nunca estava, já fazia quase 1 mês desde a morte do Niall, e já fazia quase 1 mês que eu tinha o mesmo sonho, a voz suave dele sussurrando no meu ouvido, me mandando abrir os olhos, por que ele estava ali, e mesmo sem sentir seu toque, seu perfume, e nem mesmo sua presença, eu os abria, cheia de esperanças, que eram desfeitas assim que eu via que ele não estava lá, mas enfim, a médica aumentou a minha dose de remédio, e eu tive uma leve melhora, e com essa ´´leve`` melhora, minha mãe tinha esperanças de que eu ia viver mais algum tempo, como eu previ, tudo havia desmoronado, mamãe e papai , estão com uma terrível crise no casamento... eles querem que eu pense que não, mas eu sei que é por minha culpa, já que mamãe passava  todo o seu tempo comigo, e papai como qualquer pessoa também precisava dela, nesse último mês, minha mãe me fazia tomar 2 ou 3 comprimidos para depressão por dia, mas isso não substitua Niall, eu queria poder gritar pra minha mãe, pra ela cessar de vez a medicação, mas eu sabia que ela não o faria, meu cansaço passara de momentâneo á integral, eu passava o dia todo deitada na minha cama, olhando pro teto, e imaginando ás inúmeras coisas que estaríamos fazendo juntos agora, se ele estivesse vivo, não preenchia, nem em mil anos, a presença dele, não preenchia seu perfume em minhas narinas e muito menos a sensação que minha pele sentia ao seu toque, mais era o que eu podia fazer, e eu dava valor á isso... Mas eu determinei, aquilo não duraria muito mais, e assim foi... Um dia eu estava no banheiro, quando ouvi minha mãe entrar com a médica que perguntou onde eu estava, minha mãe pensou que eu estava no jardim, o único lugar ao qual eu ia depois da morte de Nini, era de lá pro quarto, do quarto pra lá, quando a médica disse... -Senhora, acho que temos que conversar... -Sim com certeza temos... mamãe respondeu firme... -Preciso que aumente a medicação da minha filha, ela está reclamando muito de cansaço e... -Sim senhora... a médica interrompeu, é exatamente isso que eu preciso falar com você, a psicóloga da Emily, disse que ela não tem mais vontade de tomar, os remédios... -Sim e daí?... mamãe respondeu com seu tom teimoso... -Senhora... a médica tentou argumentar... -Você já parou pra pensar que está apenas prolongando, o sofrimento da sua filha? Nós podemos sim mante-la viva, mas os remédios contra dor, já não fazem mais efeito nela, ela está tão pálida tão triste... -E você acha que eu gosto de ver minha filha assim?... mamãe disse cruzando os braços... -Não, não gosto... ela continuou, -Se eu pudesse, estaria sofrendo no lugar  dela e... -É, mas não pode, e se VOCÊ estivesse no lugar dela?... mamãe olhou para médica descrente, eu conseguia ver pela fresta da porta seus olhos merejados, eu pensei que naquele momento, ela começaria á discutir com a tal médica , mas ela simplesmente virou e disse -Apenas aumente a medicação ok? -Tem certeza? ... a médica indagou insegura, -Absoluta... ela disse ainda de braços cruzados... porém nessa hora eu saí do meu esconderijo gritando, mais baixo e menos impactante do que eu queria... -Não, isso EU decido mamãe, e eu não quero mais... -Filha por favor... mamãe disse assustada... -NÃO, eu destruí tudo, seu casamento com o papai, você não trabalha mais pra poder ficar comigo, sua vida mãe... eu disse me entregando ás lágrimas que já caiam sem controle... -E eu não tenho mais vontade de continuar lutando, por favor mamãe, por favor, eu não tenho mais forças, eu disse me sentando e chorando... -È por causa daquele garoto né... é por causa de Niall não é mesmo... ela gritou irritada... -TAMBÉM... eu gritei mais alto...-Porque a senhora  não sabe o que é acordar todos os dias, ouvindo sua voz, me pedindo pra acordar, num mundo, onde ele não exista... -CHEGA EMILY... vai pro Grupo de Apoio... eu a olhei descrente, mas sabia que nunca ganharia essa batalha á base de gritos... então saí calada dali, magoada, e triste, pois eu sabia que ela queria apenas o melhor pra mim, mas não fui para a droga do grupo de apoio de novo, esperei ela sair com a médica, e retornei, rapidamente vesti uma roupa adequada com uma grande toca, catei todos os remédios e coloquei-os na minha bolsa, saí de fininho do hospital mesmo muito fraca, e chamei um táxi, que me levou até o cemitério... desci e fui rumo ao túmulo de Niall... e lá estava ele... me chamando, como um imã... cheguei, sentei-me e coloquei as rosas que eu havia pegando ontem do nosso jardim, já meio ressecadas e as coloquei sobre seu túmulo... -Nini... eu suspirei... -eu sei que você está me ouvindo, e eu sei que como minha mãe , você também não vai gostar disso mais... eu disse tirando os remédios da minha bolsa... -ninguém vai me obrigar á ficar sem você... eu disse me desmanchando em lágrimas e jogando todos os remédios fora... -pronto, mais nada me prende á isso aqui, logo, estarei com você... eu disse me deitando sobre a grama e admirando sua lápide... não sei ao certo quanto tempo fiquei ali, deitada, só sei que depois de algum tempo, mamãe apareceu, de rosto inchado chamou um táxi e sem dizer uma palavra me levou de volta ao hospital... eu juro que pensei que ela brigaria comigo, gritaria, e me faria chantagens emocionais... mas não, ao invés de tudo isso, ela se virou para mim e disse... -Eu conversei com seu pai, querida, e ele também concorda, que, se você não quer mais... tomar os remédios... ela disse pausando para tentar engolir o choro.. -não precisa mais toma-los.. ela disse se desmanchando... -Hey... eu me levantei alegre... -hey mãe... não , não precisa chorar, eu disse chorando também, mas de alegria, por ela finalmente ceder -eu sempre estarei com você... aqui... disse pausando suavemente, minha mão no seu coração, e ela soltou um leve sorriso, nas próximas semanas ela fazia verdadeiras excursões de parentes nossos pra me ver, eu me comprometi á não reclamar mais... meu pai e ela, haviam voltado á se acertar, e tudo estava bem de novo, claro, tirando meu estado, mamãe todas ás noites fazia uma breve despedida para mim, acho que ela tinha medo de que eu morresse enquanto dormisse, e que no final não conseguisse se despedir de mim... E foi numa bela segunda-feira da linda primavera, em que eu ouvi de novo a voz de Niall sussurrando no pé do meu ouvido, de novo , ela dizia.. -Abra os olhos meu amor, eu estou aqui... -Mentira... eu respondi pra mim mesma balançando a cabeça...  e então não ouvi mais nada, como sempre eu suspirei... até que abri meus olhos, e dessa vez ele estava lá, sorrindo, e me encarando, com a imensidão dos seus olhos azuis e um sorriso tímido no rosto... estávamos num belo jardim, idêntico ao jardim da ala sul do hospital, só que maior bem maior-Bem vinda meu amor... ele disse ainda sorridente e me beijando em seguida... é como eu disse, essa não foi a história da minha vida, mas a da minha morte, uma morte não tão triste,não tão infeliz, uma morte esperada, e pra mim, uma morte feliz, pelo menos na minha lógica masoquista, então, eu sinto muito se a minha história, não termina como num conto de fadas normal pra vocês, mas pra mim, é um perfeito final feliz...agora adeus minhas queridas, pois até a eternidade, se torna curta ao lado de seu amor... TALVEZ AGENTE SE ENCONTRE, EM OUTRA VIDA...

Imagine dedicado á todas as Directioners, fãs do blog, e á todas as aniverssariantes do mês especialmente á Lara, que me pediu esse mini, obrigada á todas que leram. <3 #JESSY